Sobre escrito de Waly Salomão, na matéria de Carlos Nader, na edição número 142 da revista Trip.
E como não lembrar do gosto do cheiro da borracha do bico da mamadeira Hilo, recheada de leite recheado de Nescau e mel, isso tudo bem quentinho, entregue na cama bem cedinho pela mãe naquelas manhãs frias em que não se quer ir pra escola, só se pensa, sonolento, em continuar ali sonolento, “soterrado” por cobertores no aconchego da cama.
Até o dia em que chegou a independência e passei, sentindo nos ombros todo o peso da responsabilidade, a acordar de manhã e ir, sozinho, até a cozinha para tomar o Nescau matinal, em uma xícara – não mais na mamadeira, uma das primeiras independências depois que já se aprendeu a escovar os dentes e a limpar a bunda sem ajuda de ninguém... Que maravilha! Que felicidade!
Mas a memória é assim mesmo... Ah! Como era bom ser criança e sonhar. Sonhar em ser adulto, ser piloto de motocross, astronauta, advogado, médico ou jogador de futebol; namorar aquela colega da escola por quem se é apaixonado – do jardim-de-infância até a universidade; dirigir o carro; sair à noite e voltar de madrugada sem ter hora para voltar...
Ah! Memória seletiva, editada sei lá por quem, provavelmente por um eu que não conheço, mas que deve ter as suas razões de ser... Graças a ti, ilha de edição, é que se olha para trás e tudo parece melhor do que realmente foi...
E como não lembrar do gosto do cheiro da borracha do bico da mamadeira Hilo, recheada de leite recheado de Nescau e mel, isso tudo bem quentinho, entregue na cama bem cedinho pela mãe naquelas manhãs frias em que não se quer ir pra escola, só se pensa, sonolento, em continuar ali sonolento, “soterrado” por cobertores no aconchego da cama.
Até o dia em que chegou a independência e passei, sentindo nos ombros todo o peso da responsabilidade, a acordar de manhã e ir, sozinho, até a cozinha para tomar o Nescau matinal, em uma xícara – não mais na mamadeira, uma das primeiras independências depois que já se aprendeu a escovar os dentes e a limpar a bunda sem ajuda de ninguém... Que maravilha! Que felicidade!
Mas a memória é assim mesmo... Ah! Como era bom ser criança e sonhar. Sonhar em ser adulto, ser piloto de motocross, astronauta, advogado, médico ou jogador de futebol; namorar aquela colega da escola por quem se é apaixonado – do jardim-de-infância até a universidade; dirigir o carro; sair à noite e voltar de madrugada sem ter hora para voltar...
Ah! Memória seletiva, editada sei lá por quem, provavelmente por um eu que não conheço, mas que deve ter as suas razões de ser... Graças a ti, ilha de edição, é que se olha para trás e tudo parece melhor do que realmente foi...
Por: Marco Vicente Dotto Köhler.
3 comentários:
Ducaralho Marco! Já tinha lido esse texto (o Mau tinha me apresentado) e a ligação dele com a edição 142 da Trip ficou perfeita
Vc é de uma delicadeza impressionante... se é feito pro fazer nem parece.
Obrigada por me visitar adorei sua presença.
esse vale 8,5!!! eu sei... hahahahaahahahhah....
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