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31.10.08

Malditas escadas! Estranhezas da vida diária.

Odeio, mas odeio tão fervorosamente, que, por vezes, penso talvez seja apenas cisma, ou uma pequena birra. Impaciência, quem sabe.

Ou será que tenho problemas de ansiedade? Não, isso estaria relacionado ao bruxismo e a maldita dor no maxilar (lar máximo da dor! – trocadilho irresistível! Ou não...)

Mas, enfim, o foco do aludido ódio duvidoso são escadarias. Não elas, em si, mas subir e descer escadas. Todas elas, mas, em decorrência do maior uso, das escadas entre andares, escadas de acesso (local de trabalho; para meu apartamento, etc.).

Sim, têm escadas que não são escadarias, tais como as que se utilizam para subir em laranjeiras, ou da vendedora em lojas, estas, que, diga-se de passagem, para mim, lembram escadas de eletricistas. E da minha tia subir para pegar as coisas nas prateleiras da despensa da casa dela e do meu padrinho.

Isso não vem ao caso, nem é o caso de um tratado histórico-filosófico sobre escadas e escadarias.

O que pretendo mesmo falar é que não consigo subir ou descer escadas (as de prédios e praças, por exemplo, não as de laranjeiras, vendedoras, eletricistas e da minha tia. Só para esclarecer. Ou nebular de vez!!) ... como ia dizendo, apenas queria contar para os milhões, bilhões, triziguilhões, todoszilhões de leitores, que não consigo, ao me deparar com uma escadaria (para não restar dúvidas acerca da classe de escadas a que me refiro, que não são as de despensa, laranjeiras...) subir – nem descer – sem que eu o faça correndo.

Isso mesmo: é inimaginável subir ou descer escadarias sem, no mínimo pular alguns degraus ou acelerar o passo, dando uma “corridinha”. Só de pensar em fazer isso andando dá pavor!

Bem, compartilhada essa pequena mania, despeço-me, por ora (ou não, afinal nunca se sabe, né?!) pois estou ansioso para finalizar esse texto, o que me fez lembrar do meu possível transtorno de ansiedade, o que, por sua vez, me fez sentir dor no maxilar, em decorrência do bruxismo, que é conseqüência da ansiedade, o que, por sua vez...
Malditas escadas!
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Por Marco Vicente Dotto Köhler, outubro de 2008.

2.10.08

Quanto

Quanta coisa mudou depois que você se foi.
Quanta coisa ficou igual e não mudará.
Quanto tempo perdi enquanto você não vem.
Mas o tempo não volta, nem você também.

Quanto eu mudei depois que você se foi.
Mas no fim das contas mudam os fatores,
E o resultado é sempre igual.
Fui e sou o que serei, e você também,
Mas para mim o tempo passa, não mais para você.

Quanto fiquei parecido com você, depois que o tempo passou.
Será que seria assim se você estivesse aqui?
Pergunto por perguntar. Sei, você não vem para responder,
Não vem pro café, nem pro jantar também.

Quantos sorrisos sorri, quantas lágrimas chorei.
Quantos mates tomei, quantas brisas senti.
Quantas idas parti, quantas vindas cheguei.
Quantos anos já se passaram depois que você disse adeus?

Quanta coisa mudou, quanta coisa ficou.
Quanto fiquei tanta coisa, quando você se foi.
Quanto ao que faço agora: um abraço e até outra vez!

(“deu pra ti, baixo astral, vou pra porto alegre, tchau!” )

Abraço para você tio Jaime!
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Por Marco Vicente Dotto Köhler