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25.7.06

Conto...

A partir de hoje vou publicar também alguns contos de minha autoria. Espero que as pessoas que lerem digam alguma coisa. Não se acanhem. Podem criticar; sugerir; comentar; e até elogiar, se for o caso.
Aí está o primeiro deles:
Outro lugar qualquer
O garoto saiu da casa de sua namorada. Despediram-se, na calçada, em frente ao portão, e então ele iniciou sua volta para casa.
Havia percorrido pouco mais de uma quadra quando passou por ele um táxi. Nada demais não fossem as cores do carro – preto com teto verde-água e letras em branco – estranhas às cores dos táxis de sua cidade. Parecia até ser de outro país. não deu muita importância a isso. Continuou caminhando.
Um pouco à frente viu um senhor lendo um jornal na varanda de uma casa, que parecia ser dele. Era um jornal que o garoto não conhecia, viu a manchete mas não conseguiu entender o que leu, pois era escrito em um idioma estrangeiro, incompreensível para ele. Estranhou um pouco, franzindo a testa, pensativo. Manteve o rumo de casa.
Já na quadra seguinte, encontrou um grupo de pessoas que seguiam em direção oposta à dele conversando em voz alta, quase aos gritos, e rindo. Mas não estavam falando a língua do país do garoto e por isso ele não entendeu nada, mas imaginou que fosse o mesmo idioma do jornal que vira aquele senhor lendo um pouco antes.
Um pouco confuso, voltou à casa de sua namorada, apertou o botão do interfone, aguardou resposta. Alguns instantes depois ouviu uma voz e reconheceu-a imediatamente. Era a sua namorada. Mas não foi possível entender o que ela dizia pois parecia estar falando o mesmo idioma daquele grupo que havia encontrado há pouco.
Perplexo, e sem dizer uma palavra em resposta à voz que ouviu pelo interfone, deu meia-volta e retomou o caminho de casa.
Seguiu pelas mesmas ruas que havia passado antes, mas desta vez sem ver ninguém, nem o sr. do jornal ou mesmo outro táxi.
Poucos minutos depois estava chegando em casa. Os cachorros o receberam com festa, mas ele não entendeu o que queriam dizer com aqueles latidos. Nunca antes havia entendido.
Entrou em casa, ligou algumas luzes, abriu uma garrafa térmica, que continha o café que havia preparado há algumas horas, encheu uma xícara, foi até a sala e sentou-se à frente da TV. Com o controle remoto do aparelho na mão e a xícara na outra, hesitava entre ligar a TV ou levar à boca a xícara.
Pensou e, com medo de na TV também estarem todos falando aquele estranho idioma, decidiu não ligá-la, deixou a xícara na mesinha, ao lado, e foi dormir.
Talvez de manhã, quando acordasse, tudo já teria voltado ao normal e assim ele poderia novamente entender alguma coisa.

Marco Vicente Dotto Köhler – todos os direitos reservados.

17.7.06

Aprenda inglês com Jackie Chan


Para aprender inglês com Jackie Chan é preciso ter o sistema "closed caption" na sua tv. Esse sistema "mostra" o áudio original de alguns programas de tv na forma de legenda.
O desenho animado do Jackie Chan, que passa no programa da Xuxa, na Globo, disponibiliza esse sistema, sendo possível ler as falas no original - em inglês - enquanto ouve a dublagem - tradução - em português.
Portanto, basta utilizar o closed caption da sua tv para aprender inglês enquanto se diverte com as doidas aventuras de Jackie Chan.

15.7.06

Mentes Poluídas

Associação Mentes Poluídas do Amanhã
Foi declarado, pela Presidente, em 09 de julho de 2006, no blog Universo Bizarro, fundada a Associação Mentes Poluídas do Amanhã. O objetivo dessa associação é associar o inassociável para alguns e o facilmente associável para os mentes poluídas do amanhã, desconfundir o confundível e desobviar o óbvio. Nós somos o futuro pensante da poluição mental.

Diretoria:
Presidente: JKishin
Vice-presidente: Mafass
1° secretário: Marco

Regras:
Esta é uma associação aberta. Qualquer pessoa pode se tornar um associado. As reuniões serão publicadas aqui no UniB e os textos, poderão ser publicados aqui ou linkados dos blogs associados. Aos associados é permitido escrever textos que desmistifiquem a poluição mental, que mostre as origens, o âmago das mentes poluídas. Torne-se um associado deixando seu nome e blog nos comentários.


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Abaixo está o segundo texto da AMPA:

Quem foi que disse?
“Você me mostrou um mundo novo” falou uma mulher para a outra, ambas personagens de Belíssima, novela da Globo, enquanto brindavam com champagne. Tudo isso a bordo de um belo iate, em um mar azul. Um lugar paradisíaco.
As mentes poluídas interpretaram como sendo namoradas as duas moças. O interessante é que não houve nada que justificasse tal interpretação, senão vejamos: a) não houve beijo na boca; b) não houve declaração de amor e/ou paixão; c) não houve nem uma troca de olhar mais significante, insinuando tal relacionamento; d) nem sequer estavam de mãos dadas, etc.
A idéia de que são elas namoradas é infundada. Melhor, é fundada puramente na poluição mental, eis que uma pessoa – como eram as duas – que trabalha demais, vive no estresse diário de uma grande cidade, com o pensamento constantemente ligado à profissão, sem tirar férias, ao deparar-se com um final de semana longe das preocupações diárias com o trabalho, estando em um lindo lugar, nada mais natural do que agradecer a quem a levou até lá e lhe mostrou esse “mundo novo” – sem estresse, relaxante. Mostrou que há vida longe do trabalho, nada mais.
As mentes poluídas não levaram em consideração, nem por um instante sequer, a possibilidade de não haver um romance entre elas. Claro – argumentam – se estão somente duas moças solteiras em um iate, tomando champagne e felizes por estarem lá, como pode isso não ser um romance? Como podem elas não ser um casal de namoradas? Pode, sim, mas não para as mentes poluídas.

14.7.06

O Mal do Século

O mal do século não é a solidão, como diz a canção, nem a depressão ou estresse, como já foi teorizado e estudado por especialistas...
O mal do século é, na verdade, a falta memória.
A falta de memória, causada pela sua diminuição por motivos variados, ou pelo fato de ser da natureza de certas pessoas não terem boa capacidade de memorização, ou seja lá por quê, é a causa de muitos outros males e por isso é o mal do século.
As pessoas não ficam sozinhas, sentindo-se solitárias, por ser isso um mal em si. Não mesmo. O que ocorre é que elas se esquecem de irem fazer visitas a amigos, de fazer um telefonema e matar a saudade... Enfim, esquecem-se de cultivar as amizades, e, quando vêem, estão sentindo-se solitárias e dizer ser esse o mal do século. Só não se deram conta de que o que causou a solidão é que é o mal do século: a falta de memória.
*
O estresse também é causado pela falta de memória. Já percebeu como as pessoas estão cada vez mais dependentes de secretárias, secretárias eletrônicas, agendas, bipes, etc... Pois caso contrário podem perder o emprego, esquecer a data de aniversário do irmão, do filho ou de casamento... e isso estressa muito. Mas não é o estresse o mal do século, e sim a falta de memória, que é a responsável pelo estresse.
A depressão, que comumente é causada pela solidão e/ou estresse, também é tida como mal do século por alguns. Mas o que não se percebe é que a depressão é uma conseqüência indireta da falta de memória, sendo, portanto, esta e não aquela o mal do século.
*
Pensei até em abrir uma fábrica de agendas, mas já desisti da idéia, afinal as pessoas se esquecem de marcar na agenda os seus compromissos e, quando lembram, esquecem-se de olhar nela, o que torna a agenda inútil frente ao verdadeiro - e terrível - mal do século: a falta de memória.

11.7.06

Não sou somente um.

Teoria.

Existem tantos “eu” quanto são as pessoas que me conhecem. Existem tantos “Planeta Terra” quantos são seus habitantes.
Difícil entender?
Explico. As pessoas e o mundo são como se fossem um livro: contém uma história, mas cada pessoa que lê imagina seus personagens, as descrições de uma forma diferente. Vê de uma forma diferente, mesmo sendo uma história apenas.

Cada pessoa que me conhece tem uma visão de mim. Com certeza há percepções parecidas, quase iguais, mas não haverá duas percepções exatamente iguais. Portanto, sou um para minha namorada, outro para minha avó, outro para meu pai, outro para mim mesmo, assim por diante.

Da mesma forma vejo o mundo da minha maneira, assim como cada pessoa o vê à sua.
Não há, também, percepções idênticas quanto à visão de mundo, sendo que, assim, existem tantos mundos quanto são as percepções dele.

10.7.06

Exceção da exceção

Qual a exceção da regra "Toda regra tem exeção"?
resposta: ela própria.
motivo: se ela diz que toda regra tem exceção, mas ela própria não admite exceção, então ela é uma exceção dela mesma. Simples.