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1.12.09

Férias (?)

Este blogueiro relapso deixará de lado o Coisas de Marco por um tempo, porque estarei, junto com Silvia e Leandro, realizando um sonho antigo: uma viagem de bicicleta. Sim, de bicicleta. A previsão da duração da viagem é de aproximadamente 60 dias, portanto, é provável que novas postagens nesse blog somente em março de 2010.
Enquanto isso, estarei postando no blog Cicloturismo na Argentina (http://marcocicloturismo.blogspot.com) e também haverá notícias e fotos no site Bike América (www.bikeamerica.com.br)...
Então, para quem quiser acompanhar, é só acessar os endereços acima (links ao lado da página...) e ver o que está se passando em nossa pequena aventura...

Abraço,

Marco.

13.8.09

literal

Dias atrás um colega de trabalho me disse que sou literário. Mas andei pensando e acho mesmo que sou literal, pois quando criança (dez anos de idade, pelo que lembro) tomei banho de boné para tentar entender o que Raul Seixas queria dizer com "se eu quero e você quer tomar banho de chapéu" em Sociedade Alternativa .
Claro que nao entendi nada, mas foi uma coisa muito literal, literalmente ao pé da letra!



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Por Marco Vicente Dotto Köhler, agosto 2009.

15.7.09

Diálogo

- Por que você vive me ralando?
- Eu?
- É, você! E parece até que sente prazer nisso...
- Mas eu não vivo te ralando!
- Vive, sim! Vem, me rala, e quando tento escapar, você dá um jeito de me pegar e ralar ainda com mais força!
- Desculpe, mas não sabia que tava ralando você...
- Ah, ta! Não sabia...
- É sério... Sou assim, é da minha natureza fazer o que faço, e não sabia que machucava alguém...
- Machucar? Machucar?! Você está acabando comigo. Já me sinto quase sem vida, e tudo por culpa sua!
- Pois é, mas como te falei, é da minha natureza agir assim, e pensei que fosse da sua natureza me ajudar. Mas nunca, nunca mesmo, imaginei que estava te prejudicando.
- O que você imaginou então, em teus delírios?
- Ah, sei lá... Que somos uma equipe...
- Uma equipe? Em uma equipe um não acaba com a vida do outro!
- Mas, pense bem. Eu só consigo fazer meu trabalho direito quando você me ajuda, e, creio, sua existência depende também do que você faz junto comigo. Você é muito importante para mim, sinceramente.
- Verdade mesmo?
- Sim, claro! Eu não seria nada sem você!
- Uhum... Sei...
- É verdade, mesmo, de coração!
- Ta, tudo bem, acredito em você.
- Mas, a propósito, qual o seu nome?
- Sabonete, muito prazer. E o seu?
- Esponja. E o prazer é todo meu...

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Por Marco Vicente Dotto Köhler, julho de 2009!

6.7.09

Urgência

Tenho urgência em viver,
Tenho urgência em dizer
Tudo o que sempre calei!
E escrevo calado o que vou te dizer

O tempo urge depressa
E de pressa entendo bem.
Mas não posso ir tão depressa
Senão depressa você fugirá também!

Marcham os soldados no campo
Padecem os doentes nos leitos
O tempo cobra seu preço
E depressa minha dívida terei que pagar também!

E no fim das contas
Disso nada me interessa
Porque só o que me importa
É estar com você

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por Marco Vicente Dotto Köhler

1.5.09

Inspiração...

... é o que ocorre entre uma respiração e outra.


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Por Marco Vicente Dotto Köhler, maio de 2009.

4.4.09

100 ANOS DE GLÓRIA!


Sport Club Internacional, campeão de todas as taças!
Preciso dizer mais?
Saudações coloradas nesse dia tão especial, data do centenário do clube do povo do Rio Grande do Sul!
"Glória do desporto nacional
Oh, Internacional
Que eu vivo a exaltar
Levas a plagas distantes
Feitos relevantes
Vives a brilhar
Correm os anos, surge o amanhã
Radioso de luz, varonil
Segue tua senda de vitórias
Colorado das glórias
Orgulho do Brasil
É teu passado alvi-rubro
Motivo de festas em nossos corações
O teu presente diz tudo
Trazendo à torcida alegres emoções
Colorado de ases celeiro
Teus astros cintilam num céu sempre azul
Vibra o Brasil inteiro
Com o clube do povo do Rio Grande do Sul"
(Letra de "Celeiro de Ases", hino do S.C. Internacional, de autoria de Nélson Silva, 1957)
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Por Marco Vicente Dotto Köhler, em 04 de abril de 2009!

29.3.09

A concha e o mar, o tempo e a beleza...

Quando criança acreditei quando me disseram que era possível ouvir o som do mar mesmo a centenas de quilômetros de distância.
Sim, era simples! Bastava levar ao ouvido alguma concha do mar, e quanto maior, melhor. Fiquei feliz de poder ouvir o som de algo que somente conhecia por fotografias e pela televisão.
Olhava, curioso, para dentro da concha, para ver se enxergava o mar, ou, ao menos, o pedacinho dele que deveria estar ali dentro, escondido, fazendo aquele barulho todo.
Não sei se não olhei direito, mas nunca vi nada demais, além de um pouco de areia em algumas delas, o que, de certo modo, dava-me esperanças de algum dia conseguir finalmente enxergar o tal oceano.
Algum tempo depois, alguns anos, pelo que lembro, cheguei pela primeira vez à beira do mar, e pensei sobre como poderia caber tudo aquilo em uma concha. Não cheguei a nenhuma conclusão convincente. Mas fiquei com a pulga atrás da orelha.
Chegando de volta em casa, coloquei novamente uma concha na orelha e tive uma surpresa: o que eu estava ouvindo era mesmo o som produzido pelo mar.
Não lembro em que ponto de minha pobre existência me dei conta de que o mar não estava em uma concha (talvez pouco depois de entender que colocar sal no rabo de um coelho não faz o pequenino ficar paralisado para que você possa pegá-lo. Mas essa é uma outra história).
Lembro de como era bom encostar uma concha na orelha e ouvir e pensar no mar, não somente em física e acústica...
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Por Marco Vicente Dotto Köhler, em 29 de março de 2009.

13.3.09

Independências cotidianas.

Ontem, com 25 anos de idade, aprendi (ou, talvez, reaprendi, pois não sei se já sabia ou não) que cadarços de tênis não desamarrem a cada cinco minutos, basta fazer outro “nozinho” com os laços do tope anterior. Pronto! Foi a invenção da roda, para mim. A propósito, obrigado Jaqueline, por me ajudar a não perder tempo amarrando cadarços o dia todo...

Tal episódio me fez lembrar da felicidade da qual fui acometido no dia que, lá pelos 5 ou 6 anos de idade (ou teria sido antes?) me ensinaram, com sucesso, após várias tentativas, a amarrar os cadarços. (Vaga lembrança que tenho é a de sentar em um degrau qualquer, apoiar o queixo nos joelhos e, com muita felicidade, amarrar os cadarços, observando aqueles dois pedaços de pano com plástico nas pontas se transformarem, como que por mágica, em laços que prendiam os tênis nos pés...)

Nossa! Aquilo sim foi uma das coisas mais importantes que aconteceram, naquela época, pois me fez sentir como um adulto, ou, no mínimo, como um pouco mais independente.
E que independência, diga-se de passagem, pois a partir daquele instante, poderia sair correndo por onde quer que fosse, sem medo de ter que voltar, com cuidado para não tropeçar e cair, a cada vez que os malditos cadarços desamarrassem.

Por mais estranho que possa parecer, comecei a torcer para que os cadarços desamarrassem a toda hora, só para poder ter o prazer de amarrá-los, sozinho, e seguir adiante!

Hoje, talvez, em retrospectiva, para muitos tal fato possa parecer não ter tanta importância quanto a que estou atribuindo. Mas creio que tenha sim, pois são com essas pequenas independências cotidianas que nos tornamos quem somos, e que aprendemos que temos sempre algo a aprender, mesmo que sejam coisas simples!
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Por Marco Vicente Dotto Köhler, em 13 de março de 2009.

29.1.09

Foi a nostalgia quem bateu à porta.

Um certo dia a nostalgia bateu à porta, trazendo, disfarçada, a saudade, que, em verdade, funde-se com lembranças, formando a própria nostalgia.
Primos, amigos e conhecidos, que antes se viam com grande freqüência, às vezes até diariamente e hoje, pelo que se observa, vêem-se quase somente em velórios e casamentos, oportunidades (principalmente nos velórios) em que prometem ver-se mais seguidamente, não deixando passar tanto tempo entre uma vez e outra que se visitam - se é que não se vêem somente em velórios e casamentos.
Mas é assim mesmo que as coisas são. Com o tempo, o próprio tempo nos consome, deixando-nos ao seu próprio sabor, como se fôssemos um pequeno barco a velas navegando sem velas pelo mar do tempo.
Talvez a próxima vez que houver esse re-encontro seja no meu velório, ou casamento. Quem pode saber?
Diz-se que o tempo passa mais depressa conforme envelhecemos e, após atingirmos um certo estágio nesse envelhecimento, ele volta a andar a passos lentos.
Por enquanto, como os passos dados são largos e rápidos, vou tentando me adequar a essa velocidade, às vezes tentando freá-lo, mesmo sabendo ser esforço inútil. Às vezes corro, na tentativa de igualar a velocidade empreendida pelo tempo, mas também não é possível, pois ele corre de forma cíclica, mas nunca se sabe em que ciclo está, o que faz com que me sinta tonto com facilidade, forçando-me a diminuir o passo e torcer para que o alcance, ou, ao menos consiga me sincronizar, em uma dessas partes curvilíneo-temporais que nos aguardam logo à frente.
Não deu tempo nem de oferecer, à nostalgia um chá ou um sanduíche para viagem. A visita foi breve. Foi embora logo, dizendo que precisa visitar muitos ainda hoje. Sem falta.
Deixou para mim algumas boas lembranças para me fazer companhia até a próxima visita, que não sei quando será. Creio que não demore muito, pois também ela parece sentir que se não fizer essas visitas, será também consumida pelo tempo e deixada para trás, nostálgica.
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Por Marco Vicente Dotto Köhler, em algum dia nostálgico de 200__

8.1.09

Opa! já é 2009!

Depois de uma ausência cavernosa, enfim que volto às postagens.
Bom, para começar o ano, uma coisa boba que escrevi seiláquando!

"A namorada está na morada
enamorada pelo namorado
que a namora demoradamente"


Pois é... Troca-se os calendários nas paredes.
Mais um velho ano novo pela frente...

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Por Marco Vicente Dotto Köhler, em 08 de janeiro de 2009...