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19.7.11

Injustiça no futebol

Não aguento mais ouvir que o resultado do jogo do Brasil e Paraguai foi injusto, tendo como argumento o fato de a seleção canarinho ter jogado melhor, dominado o jogo e não ter vencido, possibilitando a decisão nas penalidades.


Há tempos muito me irrita esse tipo de afirmação quando nessas circunstâncias, afinal, houve erro de arbitragem? Houve venda de resultado? Houve qualquer tipo de sacanagem, no sentido de irregularidade para que tenha sido esse resultado injusto? Pelo que se sabe, não. Houve, sim, incompetência. Nada mais.

Se, por exemplo, um time passa noventa minutos dominando o jogo, pressionando, não deixando o time adversário jogar, e, em uma única falha, leva um gol e sai derrotado, foi injusta a derrota?

Nesse caso, pode-se dizer que o resultado não refletiu a realidade da partida, pois o time que venceu não estava melhor em campo.

Por outro lado, foi mais competente, teve a chance e aproveitou, ao contrário do outro time, que não teve a competência necessária para marcar e vencer.

Agora, se há um pênalti marcado erroneamente, ou, pelo contrário, não é marcado pênalti em um lance em que a penalidade é flagrante, aí, sim, pode-se falar em injustiça.

Assim também quando há expulsões indevidas, ou não se expulsa quando se deve e tal fato influencia diretamente no resultado do jogo; quando o árbitro e/ou jogadores estão envolvidos em esquemas fraudulentos de manipulação de resultados, etc..

Portanto, creio que quando não há qualquer tipo de irregularidade, não há resultado injusto, mas premiação pela competência ou punição pela falta dela, nada mais, nada menos.

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Por Marco Vicente Dotto Köhler, 2011

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