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29.3.09

A concha e o mar, o tempo e a beleza...

Quando criança acreditei quando me disseram que era possível ouvir o som do mar mesmo a centenas de quilômetros de distância.
Sim, era simples! Bastava levar ao ouvido alguma concha do mar, e quanto maior, melhor. Fiquei feliz de poder ouvir o som de algo que somente conhecia por fotografias e pela televisão.
Olhava, curioso, para dentro da concha, para ver se enxergava o mar, ou, ao menos, o pedacinho dele que deveria estar ali dentro, escondido, fazendo aquele barulho todo.
Não sei se não olhei direito, mas nunca vi nada demais, além de um pouco de areia em algumas delas, o que, de certo modo, dava-me esperanças de algum dia conseguir finalmente enxergar o tal oceano.
Algum tempo depois, alguns anos, pelo que lembro, cheguei pela primeira vez à beira do mar, e pensei sobre como poderia caber tudo aquilo em uma concha. Não cheguei a nenhuma conclusão convincente. Mas fiquei com a pulga atrás da orelha.
Chegando de volta em casa, coloquei novamente uma concha na orelha e tive uma surpresa: o que eu estava ouvindo era mesmo o som produzido pelo mar.
Não lembro em que ponto de minha pobre existência me dei conta de que o mar não estava em uma concha (talvez pouco depois de entender que colocar sal no rabo de um coelho não faz o pequenino ficar paralisado para que você possa pegá-lo. Mas essa é uma outra história).
Lembro de como era bom encostar uma concha na orelha e ouvir e pensar no mar, não somente em física e acústica...
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Por Marco Vicente Dotto Köhler, em 29 de março de 2009.

2 comentários:

JKishin disse...

É como diz a Ana Carolina e o Seu Jorge: É isso aí... hehehe
Mas z concha é um pedaço do mar, então dá prá ver o mar na concha sim... bsosos muchos e muchos!!!!
: - ))))

JKishin disse...

Oi mor, só passei pra dizer que te amo. Te amo! Bjins : - ***