Pesquise

13.4.08

Pela janela

Nem olho mais pela janela.
Sei que vou encontrar
O mórbido vazio da madrugada.

O vento silencioso rondando a solidão
De quem não tem nada além de versos a oferecer.

Pessoas apressadas, sem saber pra onde ir,
Derretendo ao sol, escorrendo pelo chão,
Com a chuva que apagou o sol.

Depois de verdades e mentiras,
Entendo e aceito ser eu que não tem pra onde ir.

___
Por Marco Vicente Dotto Köhler, março de 2003

3 comentários:

Flavia Melissa disse...

Uffi!
Doeu!

"depois de verdades e mentiras,
Entendo e aceito ser eu que não tem pra onde ir."

Uma das melhores frases que já li!

Bjus

Zé Gota disse...

típica noite solitária de quinta-feira ...
algumas vezes dezenhos na parede são uma visão mais atrativa e curiosa, hehe
abraço bundoñes

Fernanda S. disse...

E o vazio fica ainda mais vazio e mais solitário.. e realmente, não se tem pra onde ir...
Curta o vazio o máximo que puder e depois viva... sem medo, para que ele possa ser preenchido sem que você perceba, mas da melhor maneira possível!
Beijos