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24.4.10

Vida...

Ainda quero dizer que te amo,
Olhando nos teus olhos,
Para que não penses que digo
Apenas da boca pra fora
E para que veja nos meus olhos
A minha alma, inteiramente nua.

Não consigo desistir de você.
Desisto de desistir!
Esqueço de te esquecer,
E jamais esqueço de lembrar...
E lembrei que nunca antes senti
Nada tão bom quanto o que sinto por você
E sinto, muito, pelo que não sentes por mim.


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Por Marco Vicente Dotto Köhler

22.4.10

Chega!

Chega de chorar
De sol, de mar
De beleza, de dor!

Chega de chegar,
De partir, de esperar,
De sorrir, de chorar.

Chega de poesia,
De rima, de prosa,
De verso e trova.

Chega de fugir,
De chegar, despedir,
De unir e dividir.

Chega de extremos,
De oito ou oitenta,
De vai ou racha.

Chega de tentar
Cantar e rimar
O azar e o amar!



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Por Marco Vicente Dotto Köhler, 2010

Quase

Minha vida é um quase gigantesco,
onde tudo sempre quase dá certo…






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Por Marco Vicente Dotto Köhler, 2010

17.4.10

ciclos...

Ataque! Contra-ataque!
Contra-ataque contra-ataque!
Resposta da resposta da resposta!
Eco do eco do eco!

Ninguém mais sabe como começou!
Ninguém mais lembra onde aconteceu!
Ninguém mais finge que vai acabar bem!



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Por Marco Vicente Dotto Köhler, fevereiro 2010

16.4.10

verdades....

A chuva são gotas suicidas.
E a vida, corações despedaçados!







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Por Marco Vicente Dotto Köhler, abril 2010

5.4.10

Sem Norte...

Não entendo por que você me belisca e foge.
Por que você me chama, depois corre!
Não me deixa partir
E não me permite ficar!

Você me escreve. Respondo. Você desaparece!
Eu me escondo e você me encontra.
Dos desencontros restam a prosa e os versos!
Versos meus que são seus. E não serão nossos.

Não guardo mágoas nem rancor.
Guardo de você lembranças do que poderíamos ter sido.
Não sei mais o que dizer para você.
Talvez que nada mudou, que continuaremos cada um pelo seu caminho,
Carregando os pedaços do que sobrou de nós!

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Por Marco Vicente Dotto Köhler, em 2000 e...

1.4.10

Navajo

Poesia triste bonita.
Poesia vazia.

Poesia é sofrimento.
Poesia é dor.
Talvez também seja amor.

Poesia são lágrimas.
É solidão ao extremo.
É ter os versos e mais ninguém.

Poesia é silêncio.
Poesia é devaneio
Na frieza da escuridão.

Aconchego mórbido
Para o que não mais tem solução.
E sei também, agora,
A poesia conter lobos,
Como avisou o lagarto rei.
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por Marco Vicente Dotto Köhler, em algum dia, em algum lugar...